segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Fábrica da Fiat já muda a rotina em Goiana, PE


     A terraplanagem nem terminou, e a futura fábrica da Fiat, prevista para 2015, já muda a rotina de Goiana, cidade da zona da mata de Pernambuco sustentada pela cultura de cana-de-açúcar.

Nas ruas do município, a 66 km do Recife, não é difícil encontrar pilhas de tijolos em frente a casas em reforma.

     As obras começaram em setembro. Quando pronta, a fábrica deverá empregar 4.500 trabalhadores.

As operações só devem começar em 2015, mas empresários dos setores imobiliário, de hospedagem e de alimentação já sentem os primeiros reflexos na economia.


     O dono de pousada Joselito Marinho foi a Betim (MG) no ano passado para conhecer os impactos da montadora na cidade mineira.

     O empresário, que já tinha uma pousada, construiu outras três unidades em Goiana. Em cinco anos, espera recuperar os R$ 2 milhões que diz ter investido.
"Tem gente alugando a própria casa e indo para cidades com aluguel mais barato", diz Marinho.

     De olho nesse deficit de imóveis, quatro construtoras formaram um consórcio para construir um bairro planejado de 50 hectares e investimento de R$ 1 bilhão.
O local terá polo jurídico, UPA (Unidade de Pronto Atendimento), shopping, hotéis e 2.200 residências.


     Quarenta por cento das 169 unidades colocadas à venda foram compradas -apartamento de dois quartos custam R$ 152 mil e os de três quartos, R$ 200 mil.
Corretores dizem haver investidores de outros Estados e países de olho na cidade.





A OBRA

     A Fiat está investindo R$ 5,1 bilhões na unidade, onde serão produzidos até 250 mil veículos por ano. A área tem 1.400 hectares e é cercada de canaviais.
Os modelos que serão produzidos são mantidos em segredo pela montadora.

     Além da Fiat, outras 14 fábricas fornecedoras devem formar um polo automotivo em Goiana, composto ainda por centro de treinamento, centro de pesquisa, pista de testes e campo de provas.

     O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional) pretende investir cerca de R$ 30 milhões na construção de uma escola técnica voltada exclusivamente para o polo.
OUTROS POLOS

     O município também estrutura um polo farmacoquímico, encabeçado pela Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), do governo federal.


     A fábrica de R$ 670 milhões está prevista para operar no ano que vem.

     Goiana também deve ter um polo vidreiro. A Companhia Brasileira de Vidros Planos está investindo R$ 770 milhões para construir uma fábrica. Outras seis empresas devem se instalar na cidade.

     Goiana experimenta os primeiros percalços do crescimento repentino. O município, que vivia rotina de interior, já começa a lidar com problemas de cidade grande.

     A frota local, por exemplo, saltou de 15.576 veículos em 2010 para 19.721 no ano passado -aumento de 27%, maior que os 16% do Recife.

    Na sexta-feira em que a Folha esteve na cidade, quase não havia agentes públicos ordenando o tráfego.
trânsito caótico

    O trânsito é caótico na BR-101, que leva ao Recife. Estratégico para escoar a produção, um arco viário de 77 km para conectar o litoral norte, região da fábrica, ao litoral sul, onde fica o porto de Suape, não saiu do papel.

     A obra foi uma das contrapartidas prometidas pelo Estado, que também gastou R$ 97 milhões para fazer a terraplanagem da área e concedeu crédito presumido de 95% do ICMS à empresa.

     Em março, quando esteve em Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo federal fará a obra. Mas não há um cronograma para a execução do serviço.

Detalhes nem tão pequenos


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     Test-drive é bom, mas não há como negar: é no convívio de longo prazo que as qualidades de um carro (positivas e negativas) são notadas com maior intensidade. No caso de modelos cujo design é o grande destaque, o cuidado para evitar desilusões deve ser redobrado.
     O EcoSport tem um olhar hipnotizante, com leds de alto brilho desde as versões mais simples. O para-choque dianteiro com grade enorme também ajuda a conferir uma cara de mau ao SUV urbano. Estacionado ao lado do Etios – outro integrante da frota de Longa Duração –, a diferença é nítida: “Não é raro outros funcionários da Editora Abril aproveitarem o horário do almoço para fazer uma visitinha às vagas de QUATRO RODAS. Vivem fazendo perguntas sobre o Eco, mas raramente dão atenção ao Etios”, diz o editor Péricles Malheiros. Mas um olhar um pouco mais atento revela a qualidade de montagem muito superior do Toyota. Na carroceria, as partes móveis (tampas dianteira e traseira e portas) têm vãos regulares tanto de espaçamento quanto de nível. No nosso Eco, a tampa do porta-malas é desalinhada nos quatro pontos onde encontra a carroceria. Já na junção das portas dianteiras com a capa do para-choque há um degrau. Se fosse para dividir os carros da atual frota de Longa Duração em dois times, o Eco ganharia a companhia do Onix na seleção dos desalinhados, enquanto A 200, HB20 e Etios formariam o trio dos alinhados. Após algum tempo de rodagem, poderemos avaliar melhor o estreante Peugeot 208, que acaba de ser incorporado à turma.
     Entre as qualidades notadas no Eco com o passar do tempo, é possível destacar o acesso rápido a alavancas e botões, a facilidade de uso dos comandos de voz do rádio com Ford Sync e até a calibragem descomplicada do estepe, com suporte na tampa traseira. Ainda assim, detalhes menores como o porta-óculos que vive travando e console central com pintura que ofusca a visão do piloto incomodam bastante.
     Consumo
No mês (19,8% na cidade) - Etanol 8 km/l
Desde dez/12 (24,9% na cidade) - Etanol 7,8 km/l
Principais ocorrências
6 290 km marcador de combustível indica nível abaixo do real
8 968 km Alarme dispara com o carro estacionado sob chuva intensa
9 326 km Substituição de braços e palhetas do para-brisa em garantia. estavam trepidando
10 857 km palheta do limpador de para-brisa voltou a vibrar
16 308 km espelho do para-sol direito solto
16 645 km portinhola de acesso ao bocal de abastecimento do tanque solta
17 669 km Borracha da porta traseira direita solta
18 565 km Alarme dispara com o carro estacionado sob chuva intensa
24 792 km portinhola de acesso ao bocal de abastecimento do tanque solta
24 901 km marcador de combustível indica nível abaixo do real
36 909 km Ar-condicionado fraco. Ganhou recarga de gás, mas voltou a enfraquecer.

Fonte: Quatro Rodas