quinta-feira, 28 de junho de 2012

Fumaça azul pode ser causada por lubrificante no escapamento?

     Tenho um Gol 98 MI 1.0 8V e alguns meses atrás foi feita a retífica do motor, pois saía uma fumaça meio azulada do escapamento. Após a primeira revisão (de 1.000 km), a fumaça azul começou a sair novamente. Um mecânico me informou que a causa disso poderia ser acúmulo de lubrificante no escapamento, que teria ocorrido antes da retífica. Fiquei com um pé atrás e gostaria de uma opinião de vocês. 
     Marcus Vinícius de Almeida Ferreira, por e-mail

 

     Nesse caso, o ideal é prestar atenção a um detalhe muito simples: o nível de lubrificante do motor. De acordo com Sérgio Luiz Camacho Viscardi, gerente técnico de combustíveis e lubrificantes da Ipiranga e diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), é necessário continuar a observar se o veiculo segue emitindo fumaça azulada pela descarga, mas é fundamental verificar o consumo de óleo lubrificante por meio da marcação na vareta de nível do cárter. “É importante ainda que a marca do óleo na vareta fique um pouco abaixo da indicação de nível máximo quando o motor estiver frio”.
     Dessa forma, se o nível do lubrificante estiver baixando mais rápido que o normal e continuar a sair fumaça azulada pelo escape, é possível que tenha havido, segundo Viscardi, “um problema de montagem dos anéis, que podem ter ficado alinhados, o que leva a um consumo de lubrificante, ou que tenha havido uma ovalização dos cilindros, o que faz com que os anéis não trabalhem corretamente na raspagem do óleo das paredes dos cilindros”. Vale lembrar que o nível do óleo pode baixar também por conta de vazamentos.

Como evitar trincas no para brisa?

     Viajo todos os dias e o para-brisa sofre muito, por causa das pequenas pedras arremessadas por outros veículos. O resultado é que o vidro fica cheio de pontinhos e pequenos buracos, chegando até a atrapalhar a visão. Há alguma solução pra isso?
     Cristiane Karsten, por email 

     Dependendo do estado da peça, é possível utilizar uma técnica que prolonga um pouco a sobrevida do para-brisa. Rubens Venosa, engenheiro mecânico e consultor de Autoesporte, comenta que empresas especializadas em manutenção de vidros automotivos utilizam uma injeção de resina acrílica que preenche os sulcos provocados por pedras ou outros objetos.

     "Desses pequenos buracos geralmente surgem trincas. A injeção de resina retarda esse processo por um bom tempo. A visibilidade também melhora em dias de sol, mas não fica perfeita, como a de um vidro novo. De qualquer forma, é uma alternativa para não ter de trocar a peça tão cedo."
     Venosa dá outra dica importante: dependendo da apólice de seguro contratada, o dono do carro pode solicitar esse reparo (geralmente gratuito) à própria seguradora, ou pedir ainda a troca do para-brisa, pagando uma franquia baixa para isso. “Se o vidro estiver muito deteriorado, o ideal é trocar, afinal é um item de segurança para motorista e passageiros.”


fonte: Auto Esporte